quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Soneto em memória de Domingos Montagner

Img: Google















© Márcia Sanchez Luz

Quero viver neste mundo
como quem vive um só dia:
cada fração de segundo,
fugaz como a estrela-guia.

Não sei se o solo é fecundo,
nem se a noite se atavia.
Porém sigo e me aprofundo
no sentir que me alicia.

Do pranto que me entristece
sugo as lágrimas que correm
dos olhos de um querubim.

Já do canto que enternece
sorvo as delícias que escorrem
de um coração arlequim.


domingo, 11 de setembro de 2016

PARA AMAR-TE


À minha Fadinha Duda

© Márcia Sanchez Luz


Se para amar-te
for preciso a bruma
dar-te-ei o sol
pra clarear teus dias.

Se para amar-te
for preciso a seiva
dar-te-ei o solo
em que o alento brota.

Se para amar-te
for preciso o canto
dar-te-ei as cordas
com que vocalizo.

Se para amar-te
for preciso a lua
dar-te-ei o orbe
onde habita Artêmis.


E se ainda assim
achares que é pouco
dar-te-ei minhas lágrimas
cedidas por Netuno.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Valentia


Para minha adorada filha Tatiana


















© Márcia Sanchez Luz


Nem sempre digo que sim
para o que é fácil na vida.
Prefiro a luta renhida,
aquela que faz de mim
lua intensa, destemida.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Celebrando o Dia Mundial da Poesia

Viver brincando... 

© Márcia Sanchez Luz


(Img:© Márcia Sanchez Luz)























Sublime, preciosa, delicada
és tu, minha Maria Eduarda.
Sorrio a cada dia em que te vejo
e sempre que de ti recebo um beijo.

A vida ganhou forma diferente
como se fosses tu meu afluente
enchendo de razões minha existência
minha razão de ser, doce cadência.

Lá vamos nós brincar “deita garota! ”
e lambuzarmo-nos de cremes vários,
zombando de nós mesmas, que alegria!

Também nos divertimos com beijocas
(nosso cenário é simplesmente hilário!)
Quem chega ri demais dessa folia...



(Para quem quiser postar comentários, segue o link de um outro site que permite comentários, já que o blogger vem pisando na bola há algum tempo: https://marciasl2001.wordpress.com/)

sábado, 30 de janeiro de 2016

Meu filho...

Para Bruno, meu amado filho

© Márcia Sanchez Luz

















Teu sono desde a infância sou quem vela
e mesmo antes eu já te guardava
naquele espaço onde fiz-me escrava
de teus desejos. Fui talvez capela!

Ao me sentir gestante fiz-me bela
e a todo instante te acariciava
dizendo bem baixinho uma palavra
para acalmar-te o medo das mazelas

que por ventura o mundo anunciasse
em teu caminho pela vida afora,
pois que sozinho a mágoa não demora.

E assim chegaste como se chegasse
o sol iluminando toda a flora
e anunciando a luz que quero agora.