© Márcia Sanchez Luz
Para Gabriel García Marquez
(06.03.1927 - 17.04.2014)
Seria do amanhã, se assim pudesse,
o sol que comemora a luz da lua
e no teu peito surge, em plena rua,
como um noturno afeto, quase prece.
Seria, do acordar, paixão que aquece
(em meio ao turbilhão da noite nua)
e de mansinho chega, se insinua
e faz do medo cor que empalidece.
Seria assim pra sempre um festejar
de cores, sons, sabores se
alastrando
e nos trazendo à vida transparência
de sentimentos soltos pelo ar.
Como seria bom viver cantando
um mundo na alegria da
existência!
(Do livro "Quero-te ao som do silêncio!")