segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Soneto do amor distante

© Márcia Sanchez Luz


(Img: Girafa em chamas, Salvador Dalí)






















Por tudo o que vivemos sou refém
dos sonhos que deixamos de viver;
ficou saudade por não mais poder
amar-te na distância e mais além.

Eu sei, virou tratado que mantém
um bom bocado de ilusões de haver
tentado nesta vida não sofrer
ausência de um amor que nunca vem.

Escuto o som de notas distorcidas
pela distância que se faz maior,
mas que ainda existe na afeição real

e me alimenta a alma consumida
pela procura insana do sabor
de vida intensa,  ritmo ideal.