sábado, 7 de agosto de 2010

PARA UM PAI, QUE É MEU SONETO VIVO


Horseman - Wassily Kandinsky


Meu pai, o teu carinho é sempre alento
para que eu creia um pouco mais na vida,
no humano ser que neste mundo habita
e tantas coisas faz sem cabimento.

Nunca te faltam sábios argumentos
para deixar-me calma, quando aflita,
me perco em meio à dor de uma ferida
que insiste em maltratar meu pensamento.

E quando chega o medo a ti recorro
(com teus conselhos sinto-me amparada)
para guiar-me os passos intrincados

na trilha solitária que percorro.
Hoje o que peço, pai, é quase nada:
deixa eu te ter pra sempre do meu lado!

© Márcia Sanchez Luz