quarta-feira, 30 de abril de 2008

Selmo Vasconcellos publica poemas de Márcia Sanchez Luz


Jornal Alto Madeira - Página Lítero Cultural (*)


Quero deixar meus sinceros agradecimentos a Selmo Vasconcellos - poeta, cronista, contista, antologista, divulgador cultural e editor - que vem me presenteando com publicações de minha obra em seus espaços literários:



Jornal Alto Madeira - Página Lítero Cultural (*)


Deixo aqui um convite para que conheçam o trabalho de Selmo, pessoa de qualidades raras, entre elas sensibilidade, altruísmo e honestidade.


Selmo, obrigada por seu carinho!


Márcia Sanchez Luz

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Comemorando o Dia da Educação


Hoje, no Dia da Educação, proponho uma reflexão a partir de algumas frases do educador Paulo Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997).



“Na verdade, o domínio sobre os signos lingüísticos escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o precede – a da ‘leitura’ do mundo.”

“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”

"A consciência do mundo e a consciência de si como ser inacabado necessariamente inscrevem o ser consciente de sua inconclusão num permanente movimento de busca."

“Quando penso em minha Terra, penso sobretudo no sonho possível – mas nada fácil – da invenção democrática de nossa sociedade.”


“Devemos compreender de modo dialético a relação entre a educação sistemática e a
mudança social, a transformação política da sociedade. Os problemas da escola estão
profundamente enraizados nas condições globais da sociedade.”

“Para a concepção crítica, o analfabetismo nem é uma ‘chaga’, nem uma ‘erva daninha’ a ser erradicada (...), mas uma das expressões concretas de uma realidade social injusta.”

“Desrespeitando os fracos, enganando os incautos, ofendendo a vida, explorando os outros, discriminando o índio, o negro, a mulher, não estarei ajudando meus filhos a ser sérios, justos e amorosos da vida e dos outros.”

(Últimas palavras escritas por Paulo Freire. Referia-se ao índio Galdino, assassinado por um grupo de adolescentes, em Brasília, 1997.)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Silêncio e Encanto





O silêncio daquele ambiente me intrigava.

Não saberia dizer ao certo o que de estranho havia.
Só me seria possível tentar descobrir o que o tornava tão diferente para me chamar tanto à atenção.

Repentinamente, a porta se abriu; a luz que emanava era tão intensa que não me deixava ver quem acabara de entrar.
A sensação era de serenidade.

Já não era só luz, mas calor, cor. Estava extasiada!

Naquele instante minha curiosidade se transformara em encanto.
O silêncio persistia, mas era um silêncio de plenitude, não mais de urgência.

Não sei bem quantas horas se passaram. Mas foi tempo suficiente para perceber que aquele silêncio falava tudo o que eu precisava saber.

Entendi o que se passava...

Quem entrara por aquela porta era eu mesma! Não podia perceber antes, pois estava envolta em tamanha luz, que meu corpo já não mais importava.

Era outubro de um ano qualquer.


© Márcia Sanchez Luz

domingo, 13 de abril de 2008

Adeus, Eduardo Martins



Morreu na madrugada de hoje em São Paulo, aos 68 anos, o jornalista Eduardo Martins, autor do Manual de Redação e Estilo do jornal O Estado de S. Paulo, vítima de câncer e insuficiência respiratória. O corpo será velado hoje no cemitério São Paulo. O enterro está previsto para 16 horas.

Martins nasceu 26 de julho de 1939, em Cárceres, no Mato Grosso e começou no Estadão em 1956, aos 17 anos, para cuidar da seção de palavras cruzadas. Desde então foi redator, repórter, chefe de reportagem e comandou as editorias de Nacional, Economia e Cultura.

Em 2001, Martins foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte por seu programa De Palavra em Palavra, da Rádio Eldorado, como melhor na área cultural. O jornalista ainda é autor de livros como Uso do Hífen e Com Todas As Letras: O Português Simplificado.


Fonte: Agência Estado

domingo, 6 de abril de 2008

Desvario



Será que nesta vida tão doída
Existe algum lugar que delimite
A perda que maltrata em despedida
E a voz que sempre fere e impõe limite?

Não sei qual a razão de tanta lida
se o que magoa enfim não nos permite
banir o açoite turvo na acolhida
das noites, no silêncio que se omite!

Burlar a escuridão é desvario:
o claro que se apaga e mostra a dor,
não vai trazer a paz – é luta em vão!

Postergo e avilto a morte, fantasio
que tudo enfim será cultivador
de um mundo desprovido de aflição.

© Márcia Sanchez Luz

quinta-feira, 3 de abril de 2008

À Pequena Isabella

Num tempo em que ainda havia um amanhã...


de estrelas no céu,
cadentes ou não,
sedentas ou não,
carentes ou não...

de esperanças e medos,
de findar talvez
a alegria que até então se bastava...

crianças sobreviviam
à miséria...
à fome...
às injustiças sociais...


Isso num tempo em que ainda havia um amanhã.

© Márcia Sanchez Luz